Honestidade é o 1º critério analisado pelo eleitor para escolher seu candidato a prefeito, decisão que este tem feito, em grande parte, próximo à data das eleições, segundo pesquisa e entrevista com diretora de empresa de Pesquisa de Opinião
Caráter e honradez são os principais valores, que o eleitor avalia na hora da escolha do seu candidato, sendo que história do candidato e as propostas são avaliadas em seguida.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Nexus, de Belo Horizonte, mostra quais os critérios que o eleitor adota na hora de escolher seus candidatos. O caráter e a honestidade aparecem em primeiro lugar, com 25% da preferência.
Em segundo lugar está o passado do candidato, com quase 24% e, em terceiro, as propostas e o programa de governo, com aproximadamente 21%.
O eleitor quer mesmo saber se o candidato é corrupto ou não, além de estar interessado na experiência administrativa dele. A busca pela ética na política é um valor histórico no país, desde a renúncia de Color.
Reta final
Cerca de 12% escolhem o candidato uma semana antes e 8,4% já têm o nome na cabeça 15 dias antes de ir às urnas. Como na campanha acontece muita coisa, grande parte do eleitor deixa para definir seu voto a uma semana da eleição.
https://www.otempo.com.br/politica/honestidade-e-criterio-n-1-para-eleitor-1.314611
Em entrevista exclusiva ao Jornal Primeira Página, a CEO do IBOPE Inteligência, Márcia Cavallari Nunes, pontuou que o eleitor está decidindo seu voto cada vez mais tarde nas eleições. Para Márcia, a eleição municipal é mais pragmática que a nacional, sofrendo menor influência das questões ideológicas.
Trechos da entrevista:
Pergunta
– Nas
últimas eleições, o eleitorado fez movimentos de última hora, que
não foram detectados pelas pesquisas eleitorais em alguns casos.
Existe algum procedimento novo, seja na metodologia ou questionário,
para buscar prever esses movimentos agora em 2020?
Márcia
Cavallari
– A
eleição municipal é bem mais pragmática do que a eleição
nacional. O eleitor já deu o seu recado nas eleições de 2018.
Agora ele vai querer saber quem é que tem mais condição de cuidar
da sua cidade e de melhorar a sua qualidade de vida. A
esfera municipal é a mais próxima do eleitor e por isso, ele também
é mais crítico, pois sua vida é afetada diretamente pelo dia-a-dia
da cidade.
Pergunta
–
Quanto às candidaturas para vereador, é possível haver uma
pulverização na quantidade de candidatos, dividindo votos na
eleição, por conta do fim das coligações proporcionais?
]
Márcia
Cavallari
– Imagino
que com o fim das coligações proporcionais, teremos uma quantidade
maior de candidatos a Prefeito, para que possam puxar as campanhas
dos candidatos a vereador dos seus respectivos partidos.
O contexto da pesquisa revelada pela matéria de O Tempo é próximo do nosso do interior de Minas. Os resultados tem se verificado nas últimas eleições e valem para nós de Lavras, porque é uma pesquisa qualitativa, que revela tendências.
Confira as constatações da pesquisa sobre o comportamento do eleitor:
1º-PRIMEIRO, O ELEITOR AVALIA O CARÁTER E A HONRADEZ DO CANDIDATO A PREFEITO DO MUNICÍPIO DELE PARA NÃO PERMITIR QUE CORRUPTO GANHE A ELEIÇÃO.
2º-EM SEGUNDO LUGAR, O ELEITOR AVALIA O PASSADO DO CANDIDATO E EM TERCEIRO O PROGRAMA DE GOVERNO, ANTES DE DEFINIR O VOTO.
3º-A BUSCA DO ELEITOR PELA ÉTICA TEM SIDO UMA TENDÊNCIA DAS ELEIÇÕES, DESDE A RENÚNCIA DO EX-PRESIDENTE COLLOR.
4º-
OUTRA
TENDÊNCIA É QUE PARTE EXPRESSIVA DO ELEITORADO ESTÁ DEIXANDO PARA
DEFINIR O VOTO NOS MOMENTOS FINAIS DA CAMPANHA, COMO ACONTECEU NA
ELEIÇÃO DO GOVERNADOR ROMEU ZEMA EM
2018, PEGANDO MUITA GENTE DE SURPRESA.
Política hoje, é disputada ‘segundo a segundo’, como na Fórmula 1 e no futebol’ e só se sabe o resultado, quando acaba, mas as decisões do eleitor são feitas por etapa e INFORMADA NA URNA no dia da votação.
Portanto,
o eleitor tem assumido sua posição de juiz do processo eleitoral,
tem adotado critérios rígidos, com
a verificação do caráter e honra do candidato, em primeiro lugar
e decidido o
voto no
final, colocando em xeque alguns mitos: como o poder definidor do dinheiro na conquista do voto e a força da tradição na conquista do eleitor.

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